DO LEITOR CONFIGURADO OU UMA LEITURA FICCIONAL DA OBRA MACUNAÍMA, DE MÁRIO DE ANDRADE
Resumo
O leitor como instância literária é o menos prestigiado da tríade escritor-obra-leitor pela crítica brasileira. Tanto é assim que no caso de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, de Mário de Andrade, a fortuna crítica sobre a gênese é vastíssima e não para de crescer, ao passo que sobre a recepção, não se encontra bibliografia. Este trabalho se propõe tratar da ficcionalização do leitor no texto em uma perspectiva interacional, uma vez que consideramos a recepção empírica, uma questão crítica de relevância. Neste sentido, entendemos que o conjunto dos procedimentos recriados e expressados em uma chave comunicacional não se concretiza como tal, no processamento da leitura, o que configura a pouca comunicação da narrativa rapsódica e, por extensão, a compreensão do herói plural, transcultural que a constitui. Nosso propósito é contribuir para a história da recepção do livro, privilegiando as figuras de leitor: implícito e empírico em uma relação dialética.
Palavras-chave
leitor ficional (izado), Recepção, Expressionismo
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