PROFECIAS IRREALIZÁVEIS E MALABARISMO COM A RETÓRICA ALHEIA: LEITURA PÓS-COLONIAL DO COANTO "A DIÁSPORA", DE MURILO RUBIÃO

Humberto Fois-Braga, Ana Beatriz Rodrigues Gonçalves

Resumo


O presente artigo objetiva compreender como o conto inacabado, A Diáspora, de Murilo Rubião, pode ser lido a partir de uma crítica pós-colonial. A análise do conto estrutura-se em três momentos: o diálogo intertextual que este trava com a epígrafe bíblica, os plano da narrativa e a morte do autor como sendo, involuntariamente, um ato performático do próprio conto. Mostraremos que estas três esferas promovem uma resistência do autor, do narrador e dos personagens aos valores ocidentais judaico-cristãos. Conclui-se que os grupos que se enfrentam buscam posicionar-se por dentro do discurso emanado pela outra parte, impondo suas vontades a partir das armas e valores oferecidos pelo outro lado. Nesta dialogia, em que a construção de uma ponte se torna a arena simbólica para o embate entre zonas de contato, está em jogo as relações de dominação e de resistência que perpassam a América Latina.


Palavras-chave


Pós-colonial. Transculturação. Murilo Rubião.

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