A REESCRITA DO TRAUMA EM ISABEL ALLENDE

Valéria Sales Menezes, Leoné Astride Barzotto

Resumo


Na obra A ilha sob o mar (2010), a escritora Isabel Allende (1942) tem a preocupação de nos revelar uma nova versão da história da mulher/negra/colonizada caribenha que por séculos foi esquecida pelo Ocidente. Aqui, a história da colonização e da independência das terras que correspondem ao atual Haiti nos é contada por uma escrava: Zarité. Como personagem principal, Zarité toma a palavra para si e torna-se sujeito da narrativa, na qual representa uma coletividade marcada pela escravidão como propulsora de abusos e opressões advindas da colonização. Destarte, a partir da memória da escravidão, o presente trabalho tem por interesse recuperar o colonialismo e a escravidão como um dos maiores eventos traumáticos, ou catastróficos da humanidade, que, a partir de um auctor, pode testemunhar por tantas mulheres negras que sofreram os mais diversos abusos durante esse período de reificação humana.


Palavras-chave


Ilha sob o mar; Zarité; Ex-cêntrico; Escravidão; Trauma.

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