POÉTICAS DA MENTIRA

Olga Kempinska

Resumo


Tomando como o ponto de partida a profunda culpabilidade apreendida pelo sujeito nas narrativas de Herta Müller e de Samuel Beckett, o artigo explora a experiência da linguagem em sua relação com o sofrimento psíquico e físico. Inscrita em uma estrutura do círculo vicioso e absurdo, constituindo não apenas o motivo da culpa, como também o castigo, a linguagem, experimentada como a linguagem do Outro, não mais assegura os limites do sujeito. Paradoxalmente, a linguagem alienada encontra justamente na mentira um mecanismo eficaz de esquiva, percorrendo destarte os difíceis caminhos do bilinguismo, assim como da resistência contra a opressão simbólica do sujeito.


Palavras-chave


Subjetividade. Linguagem poética. Mentira. Samuel Beckett. Herta Müller.

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