UMA HISTORIOGRAFIA INSCONSCIENTE DA DITADURA MILITAR BRASILEIRA: TORTURA, SILÊNCIO E REPRESSÃO EM CONTOS DE ABREU E NOLL

João Paulo Massotti, Luana Teixeira Porto

Resumo


Este artigo discute relações entre Ditadura Militar Brasileira e literatura e observa especialmente como textos literários representam situações de tortura, repressão e silenciamento na forma e no conteúdo de contos. Para isso, estabelece-se uma leitura comparatista nos contos “Oasis” e “Garopaba mon amour” de Caio Fernando Abreu, e “Alguma coisa urgentemente”, de João Gilberto Noll. Objetiva-se comparar como os contos problematizam o momento histórico dos anos ditatoriais no Brasil, a fim de identificar traços formais adotados pelos escritores para tratar do tema que indiquem um diálogo entre literatura e contexto de produção. Entende-se que estes questionamentos ainda se fazem necessários, uma vez que ainda se buscam explicações sobre esse triste episódio que deixou marcas obscuras na vida de muitos. Assim, analisar essas marcas, partindo do seu contexto de produção vem a ser uma forma de reconstituir uma memória social que se achava perdida, além de contribuir como forma de resistência à violência e ao autoritarismo ocasionados durante aquele período de repressão. Nota-se que as narrativas constroem uma “historiografia inconsciente” da Ditadura Militar Brasileira e apresentam uma forma de lutar para que tais episódios não voltem a serem revividos na sociedade brasileira.

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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X

 

 

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