Recordações do escrivão Isaías Caminha: a tomada de consciência de uma invisibilidade insuspeita

Ana Claudia Costa Fontana, Miguel Sanches Neto

Resumo


O romance de Lima Barreto Recordações do escrivão Isaías Caminha traz a representação da experiência de uma personagem mulata que, no século XX, vive à margem de uma sociedade que não a reconhece como pessoa. Descolada de seu ambiente de origem, o narrador-personagem vai, aos poucos, tomando consciência de sua invisibilidade e compreendendo que a exclusão a que é submetido justifica-se pela cor da sua pele. A obra deseja comprovar a inexistência de um determinismo biológico que justifique a falta de êxito dos negros nos mais variados campos e, em contrapartida, quer apresentar a tese de que tal insucesso se deve à má vontade das pessoas em geral em reconhecer os valores que os negros possuem. As considerações feitas sobre o romance estão embasadas nos estudos teóricos de Appiah (1997), Hall (2003, 2011) e Muranga (2006), que discutem questões identitárias relacionadas à raça e à marginalização.

Palavras-chave


Identidade negra; Marginalização; Determinismo social.

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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X

 

 

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