LITERATURA E DIREITOS HUMANOS: UMA RELAÇÃO DESCRITA EM CONTOS BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS

Luana Teixeira Porto, Daniel Pulcherio Fensterseifer

Resumo


Este artigo propõe-se a discutir as relações entre literatura e direitos humanos, ilustrando, com a análise de contos brasileiros contemporâneos, em que medida a arte literária pode ser considerada uma reivindicadora dos direitos humanos, assumindo um papel social, por meio da expressão artística, na contestação de ações individuais ou coletivas que colocam o sujeito em situação de vulnerabilidade ou de exposição à violência. A proposta para a reflexão sobre os Direitos Humanos abordados na literatura centraliza-se na problematização da violência de gênero, notadamente a violência contra as mulheres tematizada direta ou indiretamente em contos brasileiros contemporâneos. Para isso, faz-se uma abordagem teórico-crítica contos literários brasileiros denunciam a não atenção a direitos humanos no Brasil, em especial em relação à violência contra mulheres. A discussão sobre os textos literários ampara-se em referenciais teóricos sobre literatura e sua inter-relação com os Direitos Humanos, sobretudo por meio da análise dos contos Os contos “Jogos iniciais” e “No bar do Alziro”, de Marçal Aquino, publicados no livro Famílias terrivelmente felizes, de 2003, e “Maria”, de Conceição Evaristo, da coletânea Olhos d’água, de 2015. O exame dessas narrativas aponta que tais contos literários brasileiros denunciam a não atenção a direitos humanos no Brasil, em especial em relação à violência contra mulheres.


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