O CONSELHEIRO ESTÁ NU: A SEXUALIDADE NAS FORMAÇÕES DO INCONSCIENTE DO MEMORIAL DE AIRES

Maria da Conceição Almeida Vita, Paula Regina Siega

Resumo


Fundamentada na psicanálise, a análise aqui proposta se ocupa em interpretar a linguagem do Memorial de Aires, focalizando nas formações e manifestações do inconsciente, a exemplo dos sonhos, dos chistes, dos atos falhos e das denegações. Entendendo-as como elementos estruturais da arquitetura narrativa machadiana, são colhidos os indícios que desmentem a autoimagem construída pelo narrador-personagem. Para tanto, nos valeremos dos instrumentos de análise da teoria psicanalítica criada por Sigmund Freud, enquanto que, no campo da crítica literária adotaremos, como referência, as interpretações da obra de Machado de Assis realizadas por Roberto Schwarz, John Gledson e Helen Caldwell, entre outros.  Conclui-se que, apesar de Aires apresentar-se como um velho desinteressado das coisas do amor e do sexo, os jogos linguísticos de que se vale encobrem e evidenciam desejos e pulsões eróticas, satisfeitos através do olhar, dos sonhos, da escrita e dos atos.


Palavras-chave


Conselheiro Aires; psicanálise; inconsciente.

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