Um ensaio ao projeto romanesco de Machado nos intertextos de Ressurreição

André Luis Mitidieri

Resumo


Na presente abordagem à obra literária Ressurreição, localizamos três processos que demarcam a intertextualidade nela firmada: alusão; citação; estilização. Ao estudarmos as incidências desses recursos na ficção narrativa editada por Machado de Assis em 1872, buscaremos identificá-las como uma fração do seu projeto
de escrita romanesca. A resistência do escritor às configurações
brasileiras do gênero nesse período levou sua proposta a um constante diálogo com o próprio discurso literário e o “espaço biográfico”. A provável inclinação do ficcionista ao “romance popular europeu” não impediu que recorresse, na ficção narrativa sob análise, a linguagens e a um tema do romance romântico. Em
sua tessitura, entretanto, as alusões e citações à “tragédia biográfica”, à “literatura de viagens” e à “epistolografia” permitem entrever, de certa forma, um ensaio à estilização desses subgênero e gêneros (auto)biográficos, incidência que contribui para associar o romance machadiano de estréia aos textos que o consagrariam, publicados a partir de 1880.

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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X

 

 

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