LITERATURA, HISTÓRIA E CATARINA: A NARRATIVA DO DESLOCAMENTO EM RÉQUIEM PARA O NAVEGADOR SOLITÁRIO, DE LUÍS CARDOSO
Resumo
A obra Réquiem para o navegador solitário, do timorense Luís Cardoso, não escapa à retratação dolorosa comum às literaturas contemporâneas das ex-colônias de Portugal. O Timor Leste foi colônia portuguesa durante cinco séculos, aproximadamente, e nunca teve a atenção devida da metrópole. O território foi um espaço relegado à insipidez do cotidiano histórico e serviu de depósito de pessoas não queridas na Metrópole. É nesse espaço que a jovem Catarina, a narradora, apresenta ao leitor uma colônia repleta de sujeitos deslocados em sua condição imaginária e, por outro lado, a resistência organizada e fantasmagórica dos nativos. Há duas personagens fundamentais na obra: uma, a narradora Catarina; a outra, o próprio Timor Leste, que estava à deriva antes da independência. É nesse contexto que se pretende evidenciar o deslocamento dos personagens que figuram na narrativa de Luís Cardoso.
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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X